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Sindicatos da Fetrafi-SC reúnem com sua base para debater sobre PCFS do Banrisul

Principal objetivo das reuniões é esclarecer os colegas que a proposta apresentada pelo banco não foi debatida com os sindicatos e que a orientação neste momento é cautela na hora de definir pela migração

Durante esta semana, a direção do Sintrafi Florianópolis e Região está realizando reuniões nas agências do Banrisul para esclarecer as dúvidas e orientar os colegas a serem cautelosos antes de decidirem pela migração ou não para o novo PCFS. Seguindo orientação do Comando Nacional dos Banrisulenses, que tem recomendado aos colegas do Banrisul que não migrem imediatamente para o Plano de Cargos, Funções e Salários (PCFS), o Sintrafi tem feito a mesma recomendação. A orientação do movimento sindical é para que se aguarde a análise aprofundada e o parecer dos assessores jurídicos e técnicos que estão analisando o PCFS.

O funcionário do Banrisul e presidente do Sintrafi Florianópolis e Região, Cleberson Pacheco Eichholz, explica aos colegas que o plano foi construído de forma unilateral, sem a participação dos representantes dos trabalhadores. “Importante deixar registrado que a diretoria do Banrisul não nos procurou para essa construção e apresentou uma proposta cheia de inconsistências, sem transparência e com muita subjetividade”, ressalta ele.

“Ao invés de discutir o Plano conosco, o Banco contratou uma empresa que tem, entre seu portfólio, consultoria para ‘Fusões e Aquisições’. Ou seja, a atual diretoria do Banrisul dá mais uma demonstração que segue a lógica de mercado e que está preparando o Banco para ser vendido. E esse PCFS dá sinais de ser mais uma estratégia nesse sentido”, reforça Cleberson.


Comando aponta problemas que poderão surgir após a migração

Pela análise prévia do Comando, o trabalhador que conseguir ascender no Banco através desses critérios subjetivos, poderá ser descomissionado até mesmo dez anos depois, pois a própria Reforma Trabalhista o deixa desprotegido. Por isso, é preciso ter cautela na decisão. Outro ponto destacado é que o banco não pode pressionar os colegas a aderirem ao Plano. É importante aguardar as análises que estão sendo feitas pelas assessorias para evitar perdas de direitos.

O prazo apresentado pelo Banrisul para adesão é até 20 de abril. Antes disso, o Comando dos Banrisulenses vai realizar ações de esclarecimento através dos seus meios de comunicação e de plenária específica para este fim.


Questionamentos legais

A assessoria jurídica que está analisando o PCFS esclarece que o novo Plano de Cargos, Funções e Salários prevê o pagamento de uma verba intitulada ‘gratificação de função’ que vai substituir a verba denominada ‘gratificação fixa’ e a extinção da verba ADI – Adicional de Dedicação Integral para a quase integralidade dos novos empregados que forem considerados em um enquadramento de 8 horas diárias.

Ainda segundo nossa assessoria, algumas das regras deste novo Plano de Cargos, Funções e Salários, poderão ser questionadas do ponto de vista legal, especialmente porque criam situações de diferenciamento entre empregados que podem estar exercendo a mesma atividade dentro do Banco.

No entanto, o PCFS não define quais as competências serão avaliadas, como será feita a avaliação das competências, quais as metas que deverão ser atingidas e como elas serão definidas.

Estabelece, ainda, que essa pontuação poderá ser revista anualmente, acompanhando o comportamento dos indicadores de desempenho. Trocando em miúdos, o critério para promoções por mérito no novo plano apresentado pelo Banco é um verdadeiro cheque em branco.

Outro alerta feito pelo Sindicato foi de que da forma como está, o PCFS viola o princípio da anterioridade das regras a serem estabelecidas, bem como torna os empregados e empregadas reféns do próprio sistema de avaliação que não tem definição e que pode ser alterado unilateralmente pelo empregador, de acordo com os seus interesses e conveniências momentâneas, de ano para ano. Isto quer dizer que, se metas e competências tiverem sido atingidas pelos trabalhadores em um ano, podem ser alteradas radicalmente no ano seguinte, sem qualquer justificativa ou participação sindical, tornando inatingível a possibilidade de haver a promoção por mérito e a progressão destes trabalhadores.

Fique atento! Em breve, o Comando Nacional dos Banrisulenses realizará uma plenária para debater o assunto e esclarecer dúvidas que possam persistir.


Sindicato dos Bancários de Concórdia e Região realizou reunião com os Banrisulenses

Nesta quarta-feira, 29, o presidente do Sindicato dos Bancários de Concórdia e Região, Luiz Junior Gubert, realizou reunião presencial na agência do Banrisul de Concórdia(SC) para dialogar acerca do PCFS apresentado de forma unilateral pelo banco. Na ocasião, Gubert destacou a importância de se ter cautela e precaução antes de tomar a decisão de migrar para o PCFS. Ainda ressaltou que a migração será realizada em duas etapas, finalizando no dia 20 de abril de 2023. Por fim, solicitou aos Banrisulenses que participem da vídeo conferência (live) de suma importância, que acontecerá nos próximos dias.


Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região também reuniu com os funcionários do Banrisul

Após a reunião que ocorreu entre o Sindicato dos Bancários de Chapecó e Região e os funcionários do Banrisul na quinta-feira, 30, o presidente da entidade, Cesar Mazzolli, funcionário do Banrisul, explicou que “muitas dúvidas ainda não foram esclarecidas. Portanto, até agora ninguém aderiu na agência do Banrisul de Chapecó. A orientação do sindicato é que os funcionários não façam a migração, conforme orientação do Comando Nacional dos Banrisulenses. Nossa dúvida maior é o que vai acontecer, caso ninguém faça a adesão no prazo. É preciso ter cautela.”


Por: Sintrafi Florianópolis e Região, com informações do SindBancários Porto Alegre e edição da Fetrafi-SC

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