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Instalado o GT de Segurança Bancária com a Fenaban


Nesta segunda-feira, 12, foi instalado o Grupo de Trabalho (GT) sobre segurança bancária dos representantes do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A necessidade da manutenção ou mudança da lei que estabelece a obrigatoriedade de portas giratórias nas agências bancárias foi o tema principal no primeiro encontro.

O tema gera uma queda de braço entre movimento sindical e bancos. Os bancos avaliam os dispositivos de segurança nas agências não seriam mais necessários, uma vez que as estatísticas revelam queda no número de assaltos. Sem nenhuma negociação com o movimento sindical, algumas unidades de negócio dos bancos já estão funcionando sem porta giratória e sem vigilantes. Como resultado, muitos sindicatos entraram na justiça para que a lei seja cumprida. Os bancos estão articulando para tentar mudar a lei, como aconteceu em Porto Alegre, no começo do ano, e está acontecendo em outras cidades.


O diretor da Fetrafi/RS, Juberlei Bacelo, que integra o GT que faz o debate com os bancos, afirma que mesmo nas chamadas unidades de negócios continuam havendo riscos e os bancos devem negociar antes de tomar medidas que reduzam a segurança. Para ele, a queda nos assaltos a banco tem a ver justamente com os equipamentos de seguranças que são garantias conquistadas em lei nas últimas décadas pelo movimento sindical bancário. “Se dependesse dos bancos, nunca teria sido colocadas portas giratórias. Se tem um remédio que está dando certo, é preciso que o paciente siga tomando a medicação. Os bancos querem tirar o remédio do paciente. Evidente que esse paciente vai piorar e que isso significa colocará vidas em risco. A vida dos bancários não pode ser colocada em risco para se fazer uma experiência”, afirma Juberlei.


Visão dos bancos Na reunião desta segunda-feira, a Fenaban repetiu a postura apresentada na Campanha Nacional de 2022 e, com a afirmação de que houve redução no número de assaltos a agências e postos bancários de 2000 a 2021, propôs que a representação dos trabalhadores se juntem aos bancos e atuem contra as normas estaduais e municipais de segurança, que exigem aparatos de segurança além dos previstos na Lei 7.102/1983, que regulamenta a segurança bancária.

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que, ainda que em números relativos as transações via agências tenham perdido espaço, 48% delas são com movimentação financeira e que isso demonstra a importância de haver sistemas de segurança e vigilantes em qualquer tipo de agência bancária. Informações: Contraf-CUT, com edição da Comunicação Fetrafi-RS


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