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Fetrafi-SC promove Seminário sobre saúde mental da categoria bancária

Seminário foi realizado porque a saúde mental da categoria bancária é tema constante de preocupação da Fetrafi-SC

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A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado de Santa Catarina (Fetrafi-SC), através de sua Secretaria de Saúde, promoveu um Seminário sobre Saúde Mental da categoria bancária na noite desta quinta-feira, 16, de forma virtual. A atividade contou com a participação de cerca de 30 bancários e bancárias.


O palestrante foi o psicólogo Rafael Frasson, formado pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2005), Pós-graduado em Psicologia Existencialista (2012) e mestrando em Psicologia Organizacional e do Trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Além disso, Frasson é pesquisador do Laboratório Fator Humano da UFSC e atualmente estuda a Saúde Mental do trabalhador bancário. Foi presidente do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina.


Na abertura do evento, o secretário de saúde da Fetrafi-SC, Orlando Flávio Linhares, explicou que o objetivo da atividade é proporcionar o diálogo sobre as transformações das formas de trabalho no ramo financeiro nos últimos anos e os impactos na saúde mental dos bancários e bancárias.


Frasson explicou que, na década de 80, o trabalho do bancário era mais tranquilo no início da informatização. Já na década de 90, com o fim das altas taxas inflacionárias, os bancos buscaram novas fontes nas quais iniciou a comercialização dos produtos e, consequentemente, a cobrança por metas.


Isso fez com que a categoria começasse a sofrer com problemas de saúde mental. De lá para cá, a situação só se agravou, gerando, inclusive, muitos bancários a cometer suicídio. Atualmente, com a pandemia de Convid-19, os índices de adoecimento se tornaram ainda maiores. “Com a saúde mental afetada, as pessoas não conseguem trabalhar. A categoria bancária vive destruída mentalmente. O trabalhador deve se sentir acolhido no ambiente de trabalho para poder produzir e gerar bons resultados. Não somos máquinas, somos humanos.” E ainda destacou que “não é normal tomar remédio para conseguir trabalhar.”


Conforme dados extraídos de pesquisa feita pelo psicólogo, países da América Latina, Europa e Ásia são os que mais estudam saúde mental. E, aqui, vale enfatizar que o Brasil é o país que tem estudos sobre transtorno mental na categoria bancária. As doenças mais recorrentes são estresse, Síndrome de Burnout e depressão. As mulheres são mais afetadas do que os homens e, também, o profissional que trabalha diretamente com o público. Frasson ainda lamentou afirmando que “muitas famílias estão sendo destruídas pelos bancos.” E foi categórico ao afirmar que, “se os bancos cuidassem dos seus funcionários, eles lucrariam muito mais.”


No decorrer do debate, os participantes puderam fazer questionamentos e tirar suas dúvidas sobre o tema. Linhares abordou a questão da ansiedade questionando como resolver o aumento da ansiedade entre a categoria. O psicólogo explicou que a ansiedade nada mais é do que sentir medo do que vai acontecer, medo do futuro. Para ele, “uma forma de diminuir a ansiedade é se preparar para o que vai acontecer. No caso dos bancários especificamente, o trabalhador fica com medo de atender o cliente porque, se ele não comprar seus produtos, ele não baterá a meta. Esse medo de não atingir a meta é o principal responsável pelo aumento da ansiedade. Precisamos de organizações que cuidem desse cotidiano do trabalhador para que ele não sinta medo ao trabalhar”, explicou.


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