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Bancários demonstram disposição de luta durante Conferência Estadual


Contando com a presença de bancários das bases de Florianópolis, Araranguá, Blumenau, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Joaçaba, São Miguel do Oeste e Videira que integram a Fetec/SC e Joinville e Itajaí como convidados, foi realizada neste sábado, 28, a maior Conferência Estadual de Santa Catarina desde a criação da FETEC no estado.

Neste sábado, 28, no auditório da FETAESC os bancários catarinenses reuniram-se para definir os rumos da Campanha Nacional da categoria em 2018. Mesmo num dia ensolarado com temperatura de mais de 30ºC muitos bancários atenderam ao chamado dos dirigentes sindicais e lotaram o auditório do evento, numa demonstração de interesse em participar da luta para resistir aos ataques que a categoria vem sofrendo.

Após a mesa de abertura e as saudações iniciais, o Economista e técnico do Dieese da subseção da FECESC-SC Maurício Mulinari, apresentou os principais desafios para classe trabalhadora na atual conjuntura. Durante sua apresentação Maurício destaca, “A Classe Trabalhadora unida tem força, tem poder, para combater aqueles que se propõe a retirar seus direitos, para isso é necessário além da unidade ampliar horizontes.” Para que isso ocorra, segundo ele, cada indivíduo precisa entender a necessidade de participar do debate político, pois é através da política que as principais decisões são tomadas.

No segundo painel do dia o Economista e assessor do Dieese na subseção do Sindicato dos Bancários de São Paulo Gustavo Machado Cavarzan trouxe o debate sobre: “O futuro do trabalho bancário” – As novas tecnologias e suas consequências. Foram apresentados os diversos impactos que as novas tecnologias trazem para categoria bancária no emprego (Corte de postos de Trabalho/ Rotatividade/ Terceirização) e ainda através da reestruturação produtiva no Sistema Financeiro (Banco do Futuro, Correspondentes bancários, Financeiras, Fintechs). Gustavo alerta os bancários para o prejuízo inclusive para as mobilizações da categoria “Além do impacto no emprego e nas relações de trabalho as novas tecnologias trazem um novo desafio para o movimento sindical, pois o setor mais atuante nas greves e paralisações também é o mais afetado por este processo todo”.

Os impactos da nova legislação trabalhista sobre a CCT dos Bancários foi o tema da abertura do segundo bloco da conferência na parte da tarde. O assunto foi apresentado por Prudente José Silveira Mello, Assessor Jurídico do SEEB Floripa e Gustavo Machado Cavarzan, Economista, assessor do Dieese na subseção do Sindicato dos Bancários de São Paulo. A principal questão abordada foi o fim da ultratividade, que coloca em risco alguns direitos dos trabalhadores previstos nos acordos coletivos. Com o ataque sofrido pela CLT, a partir de 1° setembro, quando vence o acordo coletivo, direitos conquistados deixam de valer. É o caso de gratificações, PLR, vale alimentação, entre outros. “Não sabemos como a Fenabam e os bancos irão tratar deste tema. É por isso que a campanha deste ano será antecipada. O objetivo é chegar em setembro com tudo resolvido”, esclareceu Prudente. Sobre essa questão, também salientou que o papel dos dirigentes e delegados sindicais será fundamental para levar estas informações a todos os bancários para engajá-los na campanha deste ano. ” Será preciso fortalecer a luta e construir uma mobilização muito forte, pois não podemos correr o risco de apostar na judicialização do Acordo. Vocês terão a tarefa de arrancar dos banqueiros durante o processo de negociação a manutenção dos direitos conquistados ao longo de anos de luta e a renovação da CCT sem retrocessos”.

A mesa final “debate em plenário” – a partir do debate realizado, teve como objetivo definir os encaminhamentos sobre a estratégia geral, as negociações com os banqueiros e a mobilização da categoria para Campanha Nacional 2018.Dentre os encaminhamentos aprovados por unanimidade da Conferência destacam-se:a) A Direção da FETEC e Representações das Entidades Sindicais deverão definir a delegação de SC para os Fóruns Nacionais, proporcionando a representação de todas as entidades e realidades específicas;b) Estabelecer uma luta nacional, Coordenada pela CONTRAF e Federações, para derrubar as Resoluções 22 e 23 da CGPAR.c) Estabelecer ações para a garantia dos planos de saúde sem redução de cobertura;d) Os abrangidos pela presente CCT não podem firmar acordos individuais;e) Para a Conferência de 2019, proporcionar a realização de grupos de trabalho para absorver informações dos trabalhadores presentes.

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