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Reestruturação do BB atinge funcionários, prejudica o atendimento e aponta a privatização do banco

Funcionários do Banco do Brasil realizaram atos e manifestações em todo o País nesta quinta-feira (21), em protesto contra a agenda de ataques do governo Bolsonaro à instituição. Na semana passada, a direção do Banco do Brasil anunciou que durante o primeiro semestre deste ano serão fechadas centenas de unidades, entre agências, escritórios e postos de atendimento do banco. Além disso, foi aberto um novo Programa de Demissão Voluntária e a previsão é de que cerca de cinco mil trabalhadores façam a adesão.


As ações desta quinta-feira são um “esquenta” para o calendário de lutas que foi definido pela categoria bancária. No dia 25, assembleias serão realizadas em todo o País para deliberar sobre a paralisação das atividades no dia 29 de janeiro. Se confirmada a suspensão dos serviços, nova plenária estadual coordenada pela direção da Fetrafi-sc será realizada no dia 27 com os funcionários do Banco do Brasil para organizar a paralisação do dia 29.

A direção do Banco do Brasil pretende fazer mudanças em 870 locais. Muitas das agências que serão fechadas estão em cidades do interior do Brasil, e que não dispõem de qualquer outra instituição financeira. A população será brutalmente prejudicada de diversas formas com a reestruturação. Uma delas é a redução dos caixas, o que vai afetar diretamente o atendimento aos clientes e usuários.


O movimento sindical reivindica a suspensão imediata das medidas de reestruturação previstas para o Banco do Brasil. Porém, para barrar as políticas de desmonte da instituição promovidas por Bolsonaro, a mobilização do funcionalismo e o diálogo com a população são tarefas imprescindíveis.


Os bancos públicos, assim como todas as demais empresas públicas, são patrimônio dos brasileiros, construídos por gerações, e, além dos serviços oferecidos que os bancos privados não oferecem, cumprem um papel social primordial. Privatizar significa entregar ao capital privado algo que pertence à sociedade. Neste momento é dever de todos reagir e lutar em defesa dessas instituições.

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