
Este ano, teremos eleições presidenciais e, ao que tudo indica, novamente Jair Bolsonaro estará na disputa pelo Planalto. É importante relembrar algumas promessas feitas pelo atual presidente da República em sua campanha de 2018. Entre as propostas apresentadas na época, Bolsonaro prometeu corrigir a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para diminuir os tributos dos trabalhadores que ganham menos.
Os brasileiros que ganhassem até cinco salários mínimos seriam isentos do pagamento do Imposto de Renda. Clique AQUI para relembrar. No entanto, a promessa ficou apenas no discurso eleitoreiro, nunca foi cumprida.
A defasagem da tabela do Imposto de Renda afeta toda a população. Na medida em que a tabela não é corrigida pela inflação, como ocorre com o salário mínimo, todos aqueles que têm aumento na sua renda passam a pagar mais Imposto de Renda, inclusive os aposentados.
O diretor de Comunicação da Fetrafi-SC, Denilson Machado, explica que a falta de correção da tabela do Imposto de Renda, combinada com o aumento da inflação no Brasil, tem gerado um aumento da tributação sobre a população com menor poder aquisitivo.
E como essa defasagem afeta a categoria bancária? Pela média salarial que os trabalhadores do ramo financeiro recebem, pagam um valor expressivo de Imposto de Renda. O congelamento da tabela penaliza a categoria porque todo ano o movimento sindical luta para recompor a inflação no salário e, quando consegue, o bancário acaba pagando mais Imposto de Renda.
Uma luta antiga da categoria é para que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seja isenta de Imposto de Renda. Acionistas dos próprios bancos, ou de qualquer empresa, não pagam IR quando recebem os dividendos pelo lucro da organização.
São inúmeras promessas não cumpridas. E nesse momento em que mais uma eleição presidencial se aproxima, surgem novas medidas puramente eleitoreiras, valendo-se da fome e da pobreza gerada nos últimos três anos. Qual o objetivo de criar um programa de distribuição de renda que acaba dois meses após as eleições? Mas, o que esperar de um presidente que discursa afirmando que não tem o dever de criar vagas de emprego, e ainda ironiza a situação dizendo que os jovens precisam “correr atrás” de trabalho.