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A complexidade de uma campanha nacional que mostrou a força e a unidade da categoria bancária

Os bancários e bancárias de Santa Catarina cumpriram nesta semana uma importante etapa de uma das mais difíceis e complexas campanhas nacionais da categoria: a votação das propostas apresentadas pela Fenaban, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banrisul. Os números demonstram a expressiva participação dos trabalhadores(as) do ramo financeiro no processo de votação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e dos Acordos Coletivos específicos, aceitos com significativa margem de aprovação.


A crise sanitária que assola o País está gerando reflexos e consequências diretas na vida das pessoas, das famílias, no contexto econômico, político e social. A pandemia impediu que os trabalhadores(as) se reunissem nos moldes tradicionais, impondo o desafio de encontrar meios alternativos para estabelecer o diálogo com a categoria durante a Campanha Nacional deste ano.

Desta forma, um conjunto de alternativas foi construído para que a mobilização acontecesse de forma remota, segura, mas que ao mesmo tempo garantisse espaço para a manifestação de todos os trabalhadores(as) do setor. A categoria entendeu e assimilou o momento, superando o desafio em conjunto com a direção do movimento.


A grande adesão dos bancários(as) à essas novas ferramentas, como assembleias e reuniões virtuais, redes sociais e votações on-line, foi determinante para que o Comando Nacional tivesse força para pressionar os banqueiros nas 15 rodadas nacionais de negociação acerca de diversos temas, como teletrabalho, emprego, saúde, igualdade de oportunidades, entre outros.


Todo esse processo gerou também outros reflexos positivos. Os trabalhadores do ramo financeiro de Santa Catarina puderam perceber a importância de construir narrativas no ambiente on-line, principalmente ao estabelecer diálogos com colegas de profissão. A tendência em relação à este aspecto, inclusive, é avançar no uso desses recursos. Por isso, é urgente aprimorar e consequentemente qualificar o diálogo com a sociedade a partir destes meios.


A mobilização da categoria possibilitou alcançar outro aspecto de extrema importância: a conquista de um bom acordo coletivo, considerando a atual conjuntura de ataques constantes aos trabalhadores. Ataques esses patrocinados pelo governo Bolsonaro com o apoio, neste caso, dos banqueiros e grandes empresários do setor financeiro.


O entendimento da direção da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Santa Catarina (Fetrafi/SC), assim como das direções dos sindicatos filiados é de que o momento não permite comodismos. A luta vai continuar contra o fechamento de agências e contra as demissões. Pela saúde e pela vidas dos bancários.


O trabalho será permanente, e a categoria precisa estar presente e vigilante para impedir retrocessos em tudo aquilo que foi conquistado com muito esforço ao longo de décadas.

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