
O coordenador da secretaria Geral da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras de Santa Catarina (Fetrafi-SC), Jacir Zimmer, participou de reunião, no dia 11 de setembro, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), quando foram apresentados os elementos sobre uma política de prevenção dos problemas de saúde do trabalho nos bancos.
O estudo apresenta a constatação da realidade de saúde dos bancários, com destaque para a necessidade de reconhecimento dos riscos e da participação dos trabalhadores na construção da política de prevenção. Além disso, o documento aponta a possível causa dos problemas.
Ainda conforme o levantamento, o número de afastamentos devido à doenças psíquicas está aumentando, ao mesmo tempo em que se mantém aqueles ocasionados devido à lesões por esforços repetitivos e aos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort).
A obrigação de implantar sistemas de gestão de saúde e segurança no trabalho pelas organizações é prevista na legislação brasileira. É fundamental que o trabalhador participe deste processo, desde a elaboração de políticas em saúde, até o monitoramento e avaliação das ações adotadas.
No encontro com dirigentes sindicais, a Fenaban reconheceu a gravidade do problema, porém, solicitou prazo para que os bancos analisem as demandas apresentadas e, juntamente com a categoria, possam planejar ações visando a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras.
Censo da Diversidade
Outro ponto acordado com a Fenabam e concretizado em reunião que ocorreu no dia 20 de agosto, é a realização do 3º Censo da Diversidade, cujo questionário já está disponível no site da Federação Nacional dos Bancos. O levantamento servirá para construir o perfil da categoria bancária por gênero, orientação sexual, raça e PCDs (pessoas com deficiência). O é objetivo analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário.
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Neste ano, além da coleta de dados, também está sendo realizada uma campanha de valorização da diversidade, que inclui a formação de agentes da diversidade nas agências e departamentos bancários. Por isso, é fundamental que todos os trabalhadores e trabalhadoras respondam à mais esta edição do Censo, e se envolvam nas ações sugeridas na campanha.
O Censo fornece resultados que refletem a realidade do setor bancário e possibilitam a criação de estratégias de inclusão e promoção da diversidade no ambiente de trabalho.
Conferência Nacional
As ações mencionadas anteriormente representam a concretização de algumas das resoluções aprovadas durante a 21ª Conferência Nacional dos Bancários, que reuniu cerca de 600 delegados sindicais em São Paulo, no início de agosto. As medidas resultam das conferências realizadas anteriormente, nos estados, igualmente construídas a partir de propostas e ideias apresentadas pelos trabalhadores.
As resoluções tratam, em sua essência, sobre as mobilizações contra a Reforma da Previdência e contra a MP 881 (que pretendia liberar o trabalho aos sábados, domingos e feriados nas agências bancárias, mas que foi rejeitada no Senado); em defesa da unidade da categoria bancária e da mesa única de negociação, em defesa da saúde, da soberania nacional, em da liberdade de imprensa e apoio ao jornalista Glenn Greenwald, pela apuração dos mandantes da morte de Marielle Franco, em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, que é um preso político e não teve julgamento justo; e a definição do calendário de lutas.
O coordenador da Fetrafi-SC, reforça a importância de manter negociações efetivas desde a elaboração até o cumprimento da Convenção Coletiva Nacional da categoria. Alinhado a isso, a construção de uma agenda de mobilização capaz de criar condições favoráveis para o atendimento das demandas da categoria.
Além disso, diz ele, é preciso conscientizar-se de que a atual conjuntura exige união entre as diferentes categorias, já que a luta é por todos os trabalhadores e trabalhadoras. Neste contexto, os bancários exercem papel fundamental na agenda em defesa da soberania nacional, das empresas e do serviço público, finaliza Jacir.